Agnaldo Amaral Agnaldo Amaral - Um Culto Às Mães Pretas Ancestrais

Mãe preta
Luz da existência
Tua pele negra reflete o bem

Mãe preta é resistência
Força que guia a Tom Maior também

Filho de preta, sou
Filha de preta, sou
Preta, mãe, Odu
Vem do Orum pro Ayê
Cabaça no ventre, missão da criação
Traída, recebe o poder de Olodumarê
Senhora do Destino (Iyami)
Amor, acolhe (Iyami)
Castigo, educa (Iyami)
Voam, Eleiés avistam os caminhos de lá
Do alto das árvores sagradas
Mulheres-pássaro, Oxorongá

Muito a ensinar: Salubá
Nanã! Ri ro, ewá!
Empoderar: Iemanjá
Obá, oxum, oyá

Gèlèdé
Oriki, ibá, orin, adurá
Gèlèdé, muié
Fé, respeito, devoção
Saravá, mães de santo no terreiro
Amém, santas mães no altar
Retinta Aparecida, Anastácia, Nhá Chica
Nosso Quilombo é jubileu de ouro negro
Em breve, todos saberão de cor
Que o vermelho, o amarelo e o branco
Não existiriam, jamais
Sem a cor das nossas ancestrais